domingo, 27 de março de 2011

Greve, Obama e o Gigante Manco!

Greve!

Esse assunto sempre aparece aqui…
Professores da rede particular em BH estão de greve! Eu estou sem aula e para piorar eu faço vestibular esse ano. E daí? Eu apoio os professores, que hoje são profissionais cada vez mais desvalorizados.
A greve é uma coisa normal, é a forma de pressionar os patrões, negociar melhores salários, condição de trabalho entre outras milhares de coisas. O que não é normal é a ignorância das pessoas em relação a isso, por exemplo: "Eu acho que os professores tem que reivindicar melhores salários, mas não concordo com greve". Como seria bom se as coisas caíssem do céu.
A verdade é que a educação é um negócio e os colégios funcionam como se fossem empresas, ou seja, cortando custos para manter os lucros, o que implica numa deterioração nas relações entre os empregadores e os empregados. Observando por esse ângulo vemos como a formação moral e intelectual das pessoas não passa de uma relação comercial fria.
Estamos cansados de saber que poucos querem ser professores, e esse quadro se agrava com os baixos rendimentos (um professor com mestrado ganha muito menos do que qualquer outro profissional com o mesmo nível de formação) e com o crescimento dos casos de violência nas escolas (recentemente um professor foi morto por um aluno aqui em BH), entretanto a consideração mais importante é: o Brasil que é um país carente de mão de obra qualificada como engenheiros e técnicos das mais diversas áreas será, daqui a alguns anos, carente de professores. E se hoje falamos que não sabemos reivindicar nossos direitos, daqui a alguns anos não saberemos ler nem escrever.
No dia 19, em seu discurso no Rio de Janeiro, Barack Obama disse que o Brasil deixou de ser o país do futuro, agora somos o país do presente. Eu acredito nisso, afinal, temos um potencial enorme, mas sem educação jamais daremos passos largos em direção ao desenvolvimento, seremos um gigante manco.


Para finalizar: a greve termina em um acordo entre os sindicatos dos professores (SINPRO) e dos donos das escolas (SINEP), por isso enquanto esse acordo não for assinado as aulas não voltarão e não há nada que possamos fazer a não ser estudar em casa e esperar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fuja!

Odeio pessoas ideologicamente cegas. Como dizia Raul, "Eu prefiro ser uma metamorfose ambulante". Acredito que alguém que tem a mente aberta e está sempre refletindo não se apega a sensos comuns e está pensando e repensando o mundo à sua volta. Esse ato de reflexão contínua é um desafio, pois ele modifica todos os dias o seu olhar sobre o mundo.
Fugir do senso comum é criar um senso crítico. Algumas vezes somos condenados a seguir o senso comum (porque concordamos ou porque somos forçados), afinal, às vezes é melhor ficarmos calados; mas outras vezes somos obrigados a criticar e discutir.
Falo isso tudo porque desde que as aulas começaram me sinto incomodado com a postura de "extrema direita" da minha professora de História. Respeito as pessoas que tem opiniões política e ideológicas diferentes da minha, mas como já disse, odeio pessoas ideologicamente cegas. Para ela comunismo, socialismo, Karl Marx e tudo relacionado a esquerda é completamente descartável e segundo ela não passa de bobagem.
Tudo bem, é a opinião dela, mas eu acredito que como formadora de opinião (como a maioria dos professores) ela deveria evitar julgamentos ideológicos. Porém, não estou aqui só por causa disso, estou aqui porque ela vai além da crítica vazia, ela mente. Sim, ela mente para sustentar seu preconceito travestido de critica contra o governo Lula. São mentiras como "Esse governo que estabelece relações comerciais e diplomáticas com o Chávez, vocês sabiam que o BNDES emprestou dinheiro para a construção de um shopping na Venezuela? Pois é, nunca mais veremos esse dinheiro". Procurei no Google e adivinhe: nada de BNDES com shopping na Venezuela.
Criticar o Chávez porque leu na Veja é o senso comum, fuja dele.
Para terminar: o que ela faz não é legal, e muitos colegas de sala vão acreditar no conto do vigário "vejista", vão passar no vestibular, acabar sua faculdade, conseguir um emprego e esses meus colegas no futuro, estarão cheios de um preconceito idiota: o preconceito contra o pobre trabalhador, que é disseminado na sala de aula quando a professora diz que todos os pobres do mundo podiam morrer que nada mudaria muito (Mudaria sim! Quem iria trabalhar?).
Esse senso comum é o mesmo de que podemos jogar bombas em favelas, é o mesmo que nos impede de ver a dignidade da pessoa humana. Fuja disso.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Sofia

Deitado em sua cama e de olhos bem fechados,
Lembrou-se como havia chegado até ali.
Por onde havia andado, quem havia amado.
Amado ele havia uma vez,
E antes não tivesse.
Sofria, sofreu, Sofia.
Se pensar é existir,
Depois desse amor não pensava,
Preferia não existir

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"Eu não preciso disso" é primo primeiro do" pior que tá não fica"

Dos discursos proferidos pelos políticos os mais vazios são sobre educação. Para começar eles falam de sua gratidão pela escola pública, depois prometem construir escolas, colocar dois professores em sala de aula e inundar a educação de verbas. Parece uma competição de quem vai construir mais escolas e abrir mais vagas em cursos técnicos.

O Brasil tem avançado em todos os aspectos, mas a educação tem ficado para trás. Sabemos que existem muitos analfabetos em nosso país e que nossa educação não é bem avaliada por vários indicadores, fora isso tudo o professor é um profissional pouco valorizado. Ninguém que eu conheço quer ser professor, todos acham o ensino desmotivador.

Eu estudo em colégio particular e, parece que os professores de maneira geral acreditam que o ensino médio é um cursinho de três anos para o vestibular e é isso que faz os alunos de humanas se desinteressarem por exatas com o velho discurso: “eu não vou precisar disso mesmo”.

Mais do que promessas vazias, eu como estudante acredito que a educação precisa de uma revolução, temos que repensar esse modelo arcaico de aprender. Dois professores em sala de aula não vai fazer ninguém aprender duas vezes mais, as aulas continuarão tediosas e desinteressantes.

O Brasil que tanto evoluiu econômica e socialmente nos últimos anos precisa evoluir na educação também, só assim vamos poder acabar com a desigualdade social e a violência em nosso país.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Boa Noite!

Boa Noite! Meu nome é Político, e eu vou entrar na sua casa pela TV e pelo rádio todos os dias até as eleições chegarem. Defendo a saúde, a educação e a segurança, mas não tenho um projeto que torne a saúde mais eficiente, que mude a educação brasileira e que combata o crime sem truculência.

Nunca acredite em nada que eu digo, mas sim interprete o que digo. Posso prometer a Lua para você meu caro cidadão, mas você é capaz de perceber mesmo antes dessa eleição que eu jamais cumprirei essa promessa. Então não se iluda, eu sou apenas um ser humano, não sou Jesus.

E por último não se esqueça de quem votou, se você esqueceu em quem votou ele provavelmente também se esqueceu de você. Questione seu candidato sobre o que pretende fazer e melhor, como pretende fazer. Não se iluda com jingles fáceis de memorizar ou com as super produzidas dramatizações do horário político.
Obrigado por sua atenção e vote nos candidatos do PBPC (PARTIDO DOS BLOGS POUCO COMENTADOS)